terça-feira, 11 de março de 2008

Mais animal que bicho no cio

Mais liso que pedra de rio

Mais disperso que a braquiara

E que custa os olhos da sua cara

Tem cheiro próprio, como tem o mangue

Não é genético, mas já vem no sangue

Tá mais na cara que o teu nariz,

Mais estrondoso que o riso de quem é feliz

Mais infeliz que animal endêmico

Mais engraçado que político excêntrico

Muito mais belo que obra de arte

Mais irritante

Mais irritante que Sessão da Tarde

Enxerga tanto que não vê o próximo

Trabalha ainda mais, mas prefere o ócio

Se une tanto que não tem nem sócio,

Mas tem clientes para seu negócio.

Mais complexo que física quântica

E mais mentiroso que música romântica

Já faz bem tempos que convive aqui,

Faz parte de todos e dos que hão de vir.

Mais inteligente que a própria sorte

E mais sorrateiro que a própria morte.

Mais comum que rebolada frenética

Mais falso que o conceito de ética.

Aparece em todos, em qualquer idade

Faz um homem perder sua identidade

Quando maquia a felicidade;

Quando mistura dinheiro com dignidade.

É a sutileza entre a derrota e a vitória

É o que fica, o que entra pra história

Vão-se os bons, mas sempre fica um ranço

E que sobra sempre na mão de um novo Santo.

Segure o resto que eu seguro o pranto...

E foi assim que entrei na aventura,

A fim de acabar com essa tortura

Tive que mudar minha própria envergadura,

Enfrentei meu eu e minha postura,

Guerreio com os céus CONTRA A MÁ CULTURA...

Um comentário:

M.L. disse...

o blog ta bonito...
o conteudo também. :)