terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Um poeta não se faz de versos
O poeta se faz do sabor
De se saber poeta
De não ter direito a outro ofício
De se achar de real utilidade publica
Escrevendo
Tocando
Criando
O que pesa é não se achar louco
Patético quixote inútil
Como quem fala sozinho
Como quem luta sozinho
O que pesa é ter que criar
Não a palavra
Mas a estrutura que ela ressoe
Não o versinho lindo
Mas o jeitinho de ser lido por você
Não o panfleto
Mas o jeito de distribuir
Quanto a você meu camarada
Que a noite verseja para de dia
Cumprir seu dever como água parada
Fica aqui uma sugestão:
_ se engaveta junto com seus sonetos
Porque muito sangue vai rolar e não
Fica bem você manchar tão imaculadas
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3 comentários:
esse ficou realmente ótimo, giu.
é! eu ainda quero ve o livro sai..
já saiu. se pah é chacal!
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