quinta-feira, 28 de março de 2013


A Flauta

Ele me deu para o dia das Hyacinthias uma flauta feita de caniços bem aparados e colocados com a alva cera, tão doce aos lábios quanto mel.

Ensina-me a tocar sentado em seus joelhos. Mas estou um pouco trêmula. Toca a seguir, tão suavemente, que mal o ouço.

Nada temos a nos dizer, tão perto estamos um do outro. Porém, nossas canções querem responder-se e, alternadamente, nossas bocas se unem na flauta.

É tarde e, com a noite, começa o coachar das rãs verdes. Minha mãe jamais acreditará que demorei tanto tempo a procurar meu cinto perdido.



2 comentários:

Anônimo disse...

Adoro!

Gisele Cezar disse...

Desconheço, mas gostei! bjs suas lindas!!!!!!!!!!!!