segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Do gel para o inferno

As gotas da torneira da pia limpa, caem.
Numa velha plástica tampa vermelha de soverte
Que protegia um suculoso sorvete de passas
Viúvas passas
E essa tampa, agora afogada em gotas
Formava uma casa, um portal, uma marca
Que quando juntos
Habitavam o céu
Acima de todos os frutos da vida
Gavetas, prateleira e Porta-porta
E a necessidade que agora grita o desejo de provas passas
Entre colheres e mais colheres e gordas mulheres.
Por favor torneira, pare!
Com suas gotas lagrimas...
Não vê que está matando a tampa do pote que no lixo ali está, jogada?

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